Pequenas empresas têm mais chances de vencer licitações com a adoção de tecnologias

Na hora de disputar as vendas para o governo os softwares conseguem igualar concorrentes e promover um processo mais transparente para a sociedade

Em 2018 o governo gastou mais de R$ 90 bilhões em licitações de bens e serviços. Se no passado o imaginário popular dizia que precisava ser grande para vender para o estado, hoje temos a certeza de que isso não é verdade. Micro e pequenas empresas cada vez mais conquistam seu lugar como fornecedores oficiais da União e isso ocorre principalmente pelo uso da tecnologia.

A adoção de um sistema para participar de licitações foi muito importante para Leonardo Lima de Almeida, um dos sócios da empresa familiar A a Z Comercial — que vende todo tipo de material para o governo, de papelaria até itens da construção civil. O empreendedor conta que começou a atuar no setor em 2010, e na época participava das licitações manualmente até que passaram a usar o Aviso de Licitações e a Disputa de Lances, funcionalidades desenvolvidas pela Effecti.

“Com a solução da Effecti praticamente dobramos nosso faturamento. Antigamente precisávamos preencher todos os itens a mão, participamos de apenas duas ou três licitações por dia, agora, conseguimos participar de pelo menos cinco licitações por dia. Antes nossa empresa participava de 60 itens e ganhava no máximo três, e agora vencemos metade”, comenta Leonardo.

A Effecti é uma startup do interior de Santa Catarina especializada em desenvolver soluções para quem quer ser fornecedor do governo. Ela oferece ferramentas para diferentes partes do processo licitatório, são elas: Aviso de Licitações, na qual um robô identifica quando há oportunidades em editais abertos; a Automação e Envio de Propostas, com o preenchimento automático das informações nos portais de compra; a Disputa de Lances, em que o licitante pode definir os valores que está disposto a oferecer durante o pregão eletrônico; e por fim o Monitoramento do Chat do Pregoeiro, que facilita a comunicação entre comprador e fornecedor. “Ao automatizar o processo o pequeno empreendedor passa a competir de igual para igual com outras grandes empresas. Assim é possível participar de mais de uma licitação por dia, mesmo sem ter uma equipe 100% dedicada ao processo”, explica Fernando Salla, CEO da Effecti.

É de interesse do governo que pequenas empresas ganhem licitações, para fomentar a economia. Tanto que há editais exclusivos para micro e pequenas empresas e legislação que favorece a participação delas em grandes licitações. Segundo a Lei Complementar nº 147, de 2014: deverá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica.

Atualmente a Effecti conta com mais de 1 mil clientes, entre eles a Johnson&Johnson,  Cremer e muitos micro e pequenos empreendedores. “Existe o mito de que vender para o governo não vale a pena, que é complicado. Muitos empreendedores não sabem que MEI, pequena e microempresa estão habilitados e possuem vantagens durante o processo licitatório. É uma oportunidade de negócio enorme”, comenta Fernando Salla, CEO da Effecti.

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