Revolução Silenciosa

Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança, os jovens profissionais de hoje sabem que as normas do passado não funcionam mais.

Customização da própria existência
De acordo com Anderson Sant’Anna, professor de comportamento humano da Fundação Dom Cabral, os jovens profissionais de hoje querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo tempo. “Tudo é possível para esses jovens”, diz ele.

Nessa etapa, “busca de significado” é a expressão que dá sentido às coisas. Pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) revelou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em atividades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal.

Para o mesmo, a palavra de ordem dos jovens é a autorrealização. “Questionando o que é a realização pessoal e profissional e buscando agir de acordo com seus próprios interesses, os jovens estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que conhecemos”, complementa Anderson.

“A grande diferença em relação às juventudes de outras décadas é que, hoje, eles não abrem mão das rédeas da própria vida”, diz Tânia Casado.

Impondo valores pessoais
“Descobrimos que os jovens não são revoltados e têm valores éticos muito fortes, priorizam o aprendizado e as relações humanas”, diz Miriam Korn, da FIA/USP.

Os valores fazem-se presente no dia a dia organizacional, principalmente no relacionamento entre os colaboradores e seus superiores. Os jovens, além de aprender com os superiores, sabem que também podem ensiná-los, em uma relação horizontal. Os jovens modernos funcionam por meio de redes interpessoais, nas quais todas as peças têm a mesma importância. “O respeito em relação aos superiores ou iguais existe, mas é uma via de duas mãos. Eles só respeitam aqueles que os respeitam, e veem todos em uma situação de igualdade”, afirma Ana Costa.


Multitarefados

“É a era dos indivíduos multitarefas”, afirma Carlos Honorato, professor da FIA. Ao mesmo tempo em que estudam, são capazes de ler notícias na internet, checar a página do Facebook, escutar música e ainda prestar atenção na conversa ao lado. Para estes jovens, os resultados precisam ser mais rápidos, e os desafios, mais constantes.

Um estudo da consultoria americana Rainmaker Thinking revelou que 56% dos profissionais da Geração Y querem ser promovidos em um ano, ou seja, são ávidos para testar seus limites e continuar crescendo na vida profissional e pessoal. Essa vontade de se desenvolver foi apontada como fundamental para 94% dos jovens entrevistados pelos pesquisadores da FIA. Os dados refletem a intenção de estar aprendendo o tempo todo. Mas, dessa vez, o professor precisa ser alguém ético e competente, como percebemos anteriormente.

Tayse Espinoza – colaboradora voluntária no Blog Empreende Floripa
Tayse é uma jovem empreendedora, de 24 anos, que desenvolve trabalhos sobre empreendedorismo, carreira e startups. Atualmente é mestranda em Administração na ESAG/UDESC e já trabalha com geração e gestão de negócios há 10 anos, atuando em empresas de diversos portes e segmentos de atuação. Complementando as atividades profissionais, ela escreve um blog sobre Geração Y, e colaborou na equipe 2011 da Semana Global de Empreendedorismo em Florianópolis. Tayse é formada em Administração de Empresas pela ESAG/UDESC e foi vencedora do I Concurso Estadual de Planos de Negócio para Universitários do SEBRAE/SC. Conhecedora da realidade das startups, esteve no Vale do Silício em 2009 e visitou empresas como: Google, Apple e Wikimedia.

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